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# A Maldição das Tabelas
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## 21 de Março de 2023
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maldicaoTabelas1.jpg
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Há algum tempo venho investindo uma parte do meu tempo para ler e aprender sobre novas formas de modelar e estruturar dados. Nestes tempos que vivemos, novas tecnologias estão disponíveis e parece ser razoável considerar novas abordagens para representar o mundo real.
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@ -6,12 +9,17 @@ Acredita-se que as primeiras tabelas surgiram com os sumérios, na antiga Mesopo
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Entretanto, aprendemos com o “Professor Dalcin”, na primeira aula da disciplina de Gestão de Informação sobre Biodiversidade, que “bancos de dados nada mais são que representações do mundo real” e criar modelos do mundo real com ferramentas limitadas é como tentar representar uma esfera com peças de LEGO®.
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maldicaoTabelas2.png
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Chegamos então na provocação central deste artigo. O “paradigma” (odeio esta palavra…) de linhas e colunas, juntamente com o robusto e maduro modelo relacional, com sua álgebra relacional, é a melhor ferramenta para organizar dados sobre biodiversidade? Depende. De que “dados sobre biodiversidade” estamos falando?
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Sem dúvida alguma, conjuntos de tabelas relacionadas tem seu papel na organização de dados sobre biodiversidade. O que é diferente de dizer que todos os dados sobre biodiversidade são bem representados por conjuntos de tabelas relacionadas.
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Alguns conjuntos e dados sobre biodiversidade podem ser melhor representados sob a forma de grafos, como já comentei nesta postagem aqui. E, outra forma de estruturar dados bem popular hoje em dia é sob a foma de documentos, onde o formato mais conhecido é o JSON (JavaScript Object Notation), o filho “celebridade” do XML. Abaixo um exemplo de documento JSON, contendo dados sobre uma espécie:
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maldicaoTabelas3.png
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https://jsoncrack.com/editor?json=6416148abbe4fd1e772fdc13
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É claro que modelar e organizar conjuntos de dados tem que considerar a “implementação”. Ou seja, um “sistema gerenciador de banco de dados” (SGBD) capaz de lidar com a estrutura de dados específica. Lá no artigo sobre grafos comentei que experimente o Neo4J. Para lidar com documentos, tenho brincado bastante com o MongoDB, e estou trabalhando em um projeto para desenvolver uma ferramenta para converter arquivos Darwin Core para o formato JSON, que podem ser gerenciados pelo MongoDB, por exemplo.
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Porém, o mais fascinante hoje é que estão surgindo soluções de bancos de dados “multi-modelos”, ou seja, que podem lidar com diferentes estruturas de dados (p.ex. grafos, documentos e tabelas) em uma mesma plataforma. Até poucos anos atrás, tínhamos sistemas de “persistência poliglota” (mais de um SDBG), de grande complexidade de implementação e manutenção. Hoje temos alternativas interessantíssimas de SGBDs, capazes de lidar com diferentes modelos de dados, como o ArangoDB, que lida com documentos, grafos e chave/valor; o Fauna (!), que combina o modelo relacional com documentos; e até o “queridinho” dos adeptos do modelo relacional, o PostgreSQL, já admite JSON como um tipo de dados válido em suas tabelas. Ou seja, não é por falta de “implementação” que não estamos avançando em novas, e mais apropriadas, formas de representar dados sobre biodiversidade.
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